Do mesmo jeito que não aceito o "solteira sim, sozinha nunca", também me recuso a ser rotulada de encalhada. Aliás, recuso esse rótulo para todo mundo. Acabei de decidir e decreto que nenhuma mulher poderá ser chamada de encalhada aqui no purgatório, sob pena de ser enviada para o inferno. E o inferno, linduxa, é onde vivem os homens broxas.
Tudo bem eventualmente falhar, porque ninguém é de ferro. Eu entendo. O nome é pau, não ferro. Tudo bem também não é verdade. Óbvio que não tá tudo bem quando a coisa não funciona, mas... OK, vá lá, paciência, o que se há de fazer, não é mesmo?
Mas a encalhada é aquela que não passa por isso, porque nem chega a partir-pros-finalmentes. É quem ninguém quer. Encalhada é baleia e não é disso que estamos falando aqui. Baleia é bicho e a intenção é falar de relacionamentos entre seres humanos (além daqueles caras, que não são seres humanos, mas que jogam um futebol com a gente de vez em quando).
Aqui não tem baleia não. Tá todo mundo brigando com a balança, com os hormônios, mas todas seminovas com revisão em dia, prontas para uso.
Não gosto do termo solteira também, porque solteira é o oposto de casada e essa também não é meta de todas.
Acho que somos é sozinhas, romanticamente falando, com toda a dor e a alegria que isso traz. E todas nós sabemos que traz alegrias também: a liberdade de poder escolher se a gente quer ou não.
LIVRAI-NOS DOS MALAS. AMÉM!
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Um comentário:
Realmente, graças aos nossos poderes de mulheres independentes em todos os sentidos, podemos sim escolher se queremos ou não um homem.
O fato de estar sozinha não significa que não temos escolha. Ao contrário, temos sim! Nós não queremos os fracotes mulherzinhas que têm medo da independência feminina. Só isso!
Será que é tão difícil entender?
E olha que só queremos isso!
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