No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sozinha sim, encalhada nunca!

Do mesmo jeito que não aceito o "solteira sim, sozinha nunca", também me recuso a ser rotulada de encalhada. Aliás, recuso esse rótulo para todo mundo. Acabei de decidir e decreto que nenhuma mulher poderá ser chamada de encalhada aqui no purgatório, sob pena de ser enviada para o inferno. E o inferno, linduxa, é onde vivem os homens broxas.

Tudo bem eventualmente falhar, porque ninguém é de ferro. Eu entendo. O nome é pau, não ferro. Tudo bem também não é verdade. Óbvio que não tá tudo bem quando a coisa não funciona, mas... OK, vá lá, paciência, o que se há de fazer, não é mesmo?

Mas a encalhada é aquela que não passa por isso, porque nem chega a partir-pros-finalmentes. É quem ninguém quer. Encalhada é baleia e não é disso que estamos falando aqui. Baleia é bicho e a intenção é falar de relacionamentos entre seres humanos (além daqueles caras, que não são seres humanos, mas que jogam um futebol com a gente de vez em quando).

Aqui não tem baleia não. Tá todo mundo brigando com a balança, com os hormônios, mas todas seminovas com revisão em dia, prontas para uso.

Não gosto do termo solteira também, porque solteira é o oposto de casada e essa também não é meta de todas.

Acho que somos é sozinhas, romanticamente falando, com toda a dor e a alegria que isso traz. E todas nós sabemos que traz alegrias também: a liberdade de poder escolher se a gente quer ou não.

LIVRAI-NOS DOS MALAS. AMÉM!

Um comentário:

Daniela Augusto disse...

Realmente, graças aos nossos poderes de mulheres independentes em todos os sentidos, podemos sim escolher se queremos ou não um homem.

O fato de estar sozinha não significa que não temos escolha. Ao contrário, temos sim! Nós não queremos os fracotes mulherzinhas que têm medo da independência feminina. Só isso!

Será que é tão difícil entender?

E olha que só queremos isso!