"Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito."
Estou aficcionada nesta frase. Acho que ela resume a missão, visão e valores desta ltda que vos escreve. E o mais louco é que essa frase é bíblica, extraída de Laudicéia. Veja bem: tenho o direito divino de vomitar pessoas mornas!
Tem gente que veio ao mundo para fazer a diferença. Eu tenho a impressão de que uma variação desse tema, no meu caso, é bastante aceitável: eu vim para incomodar. No decorrer da minha história, posso afirmar que sempre fui marcante. As pessoas me amam ou me odeiam, e sei que isso soa super clichê, mas a indiferença não costuma fazer parte dos meus relacionamentos.
Falando agora das minhas relações - envolvimento mesmo, não necessariamente sexuais - acho que este é o motivo para que eu não me apaixone com facilidade. Eu amo com facilidade e isso precisa ser registrado... pessoas, bichos, coisas... mas paixão é diferente. É impossível se apaixonar por gente morna.
Existem pessoas que estão por aí, trocando gás carbônico por oxigênio, e só. Parece que não aprenderam a se conhecer ainda, não sabem o que querem e nem sequer se questionam sobre o propósito das coisas.
Pra mim não dá.
Gosto de gente que gosta de gente, que escolhe um lado do muro, que dá a cara para bater, que se arrisca e tropeça no próprio sapato, fazer o que? Ou de gente que assiste tudo isso, tomando um copo de whisky, com aquele sorriso de canto de boca que só os misteriosos têm.
Qualquer um morno que habite o entre-mundos, sem saber se contempla ou carrega pedras, para mim não serve. Indicarei para você, querida, que ainda está cadastrando machos-beta.
Eu quero mais para a minha vida: quero arder em chamas ou congelar enquanto afundo junto com o Titanic, sem um Jack para me salvar, mas me recuso a morrer segura, de velhice.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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