No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Timing

Nem acho - hoje, nesse momento eu nem acho - que o difícil seja encontrar alguém livre, bacana e ativamente disponível para um relacionamento... E não estou traindo a causa: só estou tentando ver por outro ângulo. Vou explicar e você vai achar esse tópico arquivado na gaveta superior esquerda do seu subconsciente:

O grande vilão é o timing!

O difícil é acertar o andamento, a sintonia, a aceleração e... o freio.

Eu tenho amigOs. Muitos. Sempre tive muita facilidade em fazer amizade com homens. Acho que o fato de ter sido sempre meio moleque facilita isso. Em meio a esse portfolio de amigos, tenho que confessar que temos belos espécimes. Um deles estava ontem chorando as mágoas comigo. Foi chutado. Em um primeiro momento pensei em falar que de certo ele tinha feito algo para isso, mas achei melhor usar mais a compaixão do que a língua. Mas o fato é que ele amava e estava sofrendo (não pensem "bem feito", meninas, ele é meu amigo).

Se existem homens bacana e mulheres maravilhosas, qual é o problema afinal? Simples assim: essas raças não se encontram no momento certo. Ou o bofe fica de 4 mas ela está apaixonada por aquele tosco que só faz mal para ela ou ela se acende toda e ele está ocupado com a biscate que está ocupada biscateando o amigo dele. Pode acontecer ainda dela inventar de querer um cara que decidiu que vai se dedicar à profissão somente ou ele resolver que quer aquela mulher que está tão escaldada que tirou um ano de folga para se dedicar ao DVD com pipoca, chocolate, cachorro e blog.

E vou fazer a citação que fiz pro meu amigo ontem, que perguntava o motivo de ainda acreditar, de ainda insistir: A vertigem não é medo de cair, ela é a vontade que todo ser humano tem de se jogar. Mesmo sem saber o resultado. Mesmo sem saber se o timing vai funcionar e se vão abrir uma cama elástica para você lá embaixo. Mesmo sem saber no que vai dar.

A gente continua tendo a esperança de que uma daquelas pessoas maravilhosas que a gente cruza (no bom sentido, gente, não no mais legal) pelo caminho, vai estar com o relógio perfeitamente sincronizado com o nosso.

2 comentários:

Daniela Augusto disse...

Então faça viver aquela velha história de apresentar homens bacanas a mulheres maravilhosas...
Eu realmente não sei mais o que fazer... e não vou me converter, se é isso que vc está pensando agora! Rs...
a Dani Daniela bebe sim! E faz muitas outras coisas por puro prazer!
É isso.

Ricca Cerdan disse...

É que as vezes ocorre de conhecermos pessoas tão diferenciadas do restante, com aquela luz própria tão bela e fascinante que se jogamos sem pensar muito...rs
Mas o importante é respeita e não querer adiantar o relógio, deixar acontecer naturalmente e no momento certo.
E torcer, torcer muito para que essa luz tão bela continue sempre a iluminar o seu caminho, fique presente em sua vida, afinal quem sabe uma hora os ponteiros se cruzam no timing certo.