No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Deus não me deu a graça!

Essa é da amiga de uma amiga, que exclamava: Deus não me deu a graça de gostar de mulher!!! E fazia isso em italiano, só para ficar ainda mais gostoso de ouvir.

Mas pense: com tantas mulheres disponíveis, independentes, bonitas, donas-do-próprio-nariz, com habilidades interpessoais e totalmente disponíveis para viagens, não seria uma benção?

Mas Deus também não me deu a graça.

Não que eu considere uma desgraça gostar de homens. Mas realmente acho que as coisas poderiam ser um tanto quanto mais fáceis. Mas acho mulher um bicho liso, meio que desemxambido pra mim. Gosto de gente patuda, calosa, peluda e com pegada.

Fica meio estranho falar sobre isso, mas tive uma amiga que me ajudou a desenvolver esse meu talento nato de gostar dos machos-alfa. Ela era absolutamente louca e na adolescência toda mulher merece uma amiga completamente louca, pra apontar a direção daquele mau caminho. E o mau caminho necessita ser trilhado, queridinha, pra fazer da gente o que a gente é e para que a gente saiba que o fogo queima e que é melhor não bolir com ele.

Essa amiga era daquelas que tomavam muita bagaceira e perdiam por completo a noção do que estavam fazendo, do perigo, do certo ou do errado. E mesmo eu sendo a ponderada da dupla, convivendo com ela era impossível você não ser chamuscada pela combustão da bagaceira. Um brinde!

Agora pasmem: meia vida (minha) se passou e o que acontece? Deus deu a ela a graça. E agora ela está - casada, linda e feliz - com outra racha.

E o que é a vida senão uma grande gozação?

2 comentários:

Karen disse...

Caraca! Não esperava por esse final....rs. Mas é verdade, seria muito mais fácil gostar de mulher, porque os homens com medinho de mulheres independentes como nós tá difícil viu!

Daniela Augusto disse...

Eu vou ser muito sincera: estou cansada. Cansada de esperar, de tentar, de procurar...
Vou me dedicar por mais oito anos a DVD com pipoca, chocolate, cachorro e blog.
E tem mais: vou trabalhar feito louca para poder viajar mais e mais.
Homens com medinho estão se tornando mulherzinhas bobas!!!!
Que saco!!!!