No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





domingo, 29 de agosto de 2010

O Bad Boy

Falando um pouco sobre os homens da minha vida ou os tipos de homem disponíveis no mercado, o Bad Boy me veio primeiro à mente. Não que isso tenha minimamente a ver com a ordem de importância na minha história. Foi uma coisa totalmente aleatória mesmo, mas decidi começar por ele.

O Bad Boy é aquele cara completamente perfeito. Quando a gente tem 15 anos. Depois disso ele só se mantem interessante se tivermos algum tipo de retardo mental. Explico o motivo. O Bad Boy não consegue ser mais interessante pois ele se interessa somente por ele mesmo.

É de uma autoestima de derrubar quarteirões e de um egocentrismo cansativo. Ele tem seu charme. Obviamente. Se sente tão luz que as siriricas voam em volta, incessantemente. Sua autoestima dá um toque de segurança que atrai. Normalmente é gatinho e sabe se vestir. Sabe também por onde andar. Entretanto, no final das contas, o Bad Boy é uma fraude. É um personagem.

Tire a prova. Transe com ele e verá que ele não existe. Aliás, não é uma transa: é uma performance da qual você, não interessa o quanto se esforce, não passará de coadjuvante. Quando terminar, você se sentirá saindo da academia. Tem o seu valor, mas não aquele que você foi buscar.

O Bad Boy as vezes pode se disfarçar de simpático. Ele pode ser um amor e isso vai torná-lo ainda mais popular. Sempre será aquela festa o encontro de vocês mas, creia-me, você não vai conseguir passar da sala de visitas. Talvez pelo fato de não ter nada além. Falta profundidade.

Aproveite. Faça seu exercício, conheça as novas baladas com ele, faça aquela cara de mulher infiltrada no submundo, mas lembre-se que o bad no nome está lá por algum motivo. E esqueça um relacionamento, pois ele sempre estará indisponível, relacionando-se consigo próprio.

Se fosse mesmo bacana sua carinha não estaria estampando bundas por aí.

2 comentários:

Ivani disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ivani disse...

"Amigaaaaaa!!!!!"
Que delícia o seu blog!
Como sempre, pra variar um pouco ...
...já estou te seguindo e adicionei seu link no meu blog.
Favor me visitar de vez em quando.
Um beijo enorme no coração.
Continue criativa.
Ni
http://scrapdanifraga.blogspot.com/