No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A única coisa certa é que eu sempre devo

Tenho preguiça de gente correta.

Não gente reta, honesta, que não bate carteira... Minha preguiça é de gente que quer ser certinha, que quer viver de acordo com as conveniências, que se atém às regras da sociedade e que vai se acomodando na caixinha até que, de repente, fica quadrada.

Nada me dá mais preguiça que ouvir alguém dizendo "tenho que fazer isso porque é o certo a se fazer" ou "eu devo isso a ela" ou "eu devo isso a ele" ou "eu devo isso por causa daquilo".

Comecem agora, em coro, a me chamar de caloteira, mas se eu devo, já aviso: vou continuar devendo. Importa-me mais o quero e o preciso. Certo, para mim, é ser feliz.

É verdade que me alegra buscar conciliar interesses e ver as pessoas ao meu lado (e talvez aquelas que estão mais longe uns passos) sorrindo, mas se eu tiver que escolher, lamento, tenho a obrigação divina de buscar o que me faz dar risada, o que me faz ficar molinha, o que me faz satisfeita.

Viver o "certo" é ser preguiçoso, não ousar. Quem tem disposição se mistura, se joga, e, consequentemente, em algum momento da vida, faz cagada. Gente grande corre riscos.

Caso eu já tenha te magoado, peço desculpas: só pisei no seu pé porque estava caçando borboletas.

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