No Limbo

Do alto dos meus 33 anos e 1 dia e toda a sabedoria acumulada neste período, achei que já era hora de compartilhar um pouco das insanas e recorrentes histórias de nós, balzacas, vivendo no limbo da falta de machos. Histórias reais e fictícias, minhas, de amigas e de personagens, que pretendo que ilustrem o surreal que é essa transição sociológica onde cabe de tudo: desde pessoas que te encaram com piedade (como se o fato de não ter um bofe transformasse você em um ser mutilado), até as que te olham com inveja (como se o fato de você sorrir mesmo assim, te transformasse em uma semideusa autotrófica)...



ATENÇÃO: Os nomes foram trocados ou omitidos em uma tentativa de se manter um mínimo de dignidade





quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Seja quente ou seja frio

"Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito."

Estou aficcionada nesta frase. Acho que ela resume a missão, visão e valores desta ltda que vos escreve. E o mais louco é que essa frase é bíblica, extraída de Laudicéia. Veja bem: tenho o direito divino de vomitar pessoas mornas!

Tem gente que veio ao mundo para fazer a diferença. Eu tenho a impressão de que uma variação desse tema, no meu caso, é bastante aceitável: eu vim para incomodar. No decorrer da minha história, posso afirmar que sempre fui marcante. As pessoas me amam ou me odeiam, e sei que isso soa super clichê, mas a indiferença não costuma fazer parte dos meus relacionamentos.

Falando agora das minhas relações - envolvimento mesmo, não necessariamente sexuais - acho que este é o motivo para que eu não me apaixone com facilidade. Eu amo com facilidade e isso precisa ser registrado... pessoas, bichos, coisas... mas paixão é diferente. É impossível se apaixonar por gente morna.

Existem pessoas que estão por aí, trocando gás carbônico por oxigênio, e só. Parece que não aprenderam a se conhecer ainda, não sabem o que querem e nem sequer se questionam sobre o propósito das coisas.

Pra mim não dá.

Gosto de gente que gosta de gente, que escolhe um lado do muro, que dá a cara para bater, que se arrisca e tropeça no próprio sapato, fazer o que? Ou de gente que assiste tudo isso, tomando um copo de whisky, com aquele sorriso de canto de boca que só os misteriosos têm.

Qualquer um morno que habite o entre-mundos, sem saber se contempla ou carrega pedras, para mim não serve. Indicarei para você, querida, que ainda está cadastrando machos-beta.

Eu quero mais para a minha vida: quero arder em chamas ou congelar enquanto afundo junto com o Titanic, sem um Jack para me salvar, mas me recuso a morrer segura, de velhice.

2 comentários:

Ivani disse...

Oi amiga, estou adorando o blog.
Autenticidade 100%! Aliás, uma de suas principais características né?
Um beijo grande.
Estou sempre por aqui.
Ni

http://scrapdanifraga.blogspot.com/

Daniela Augusto disse...

Acho que sempre fui do tipo quente. Também odeio as pessoas mornas, que não têm opinião para nada.
Nunca tive insegurança para nada. Agora, com alguns acontecimentos recentes, me vi em meio a uma boa dose de insegurança. Ora pela idade, ora por ser trocada por uma menina de 17 anos...
Não quero me tornar uma pessoa morna. Quero ser o que sempre fui! Alguma receita?